O Natal de 2015 afigura-se-nos duvidoso e angustiado. Os ataques terroristas
de Paris na sexta-feira, 13 de novembro, deixaram o mundo perplexo e atemorizado. Em nossa
pátria, a situação política e econômica, com
as maiores personalidades da República envolvidas em processos criminais
e a economia cada dia mais angustiante,
deixa-nos inquietos e temerosos, neste final de ano, para celebrarmos a
festa do Natal.
Apesar de tudo
isso, nossas capitais se apresentam ricamente
engalanadas para a festa do Natal. Por exemplo, a capital do Rio Grande do Norte, que leva exatamente o nome significativo de Natal, está com suas lindas avenidas feericamente iluminadas, com uma belíssima Árvore de Natal na principal
delas.
Mas, é diversa a
celebração do Natal, conforme o compromisso cristão e a sensibilidade religiosa
de cada um.
Há o Natal do
consumo, que é o Natal dos presentes, dos shoppings centers lotados, das ruas
comerciais apinhadas de pedestres apressados, dos comerciantes calculando os
lucros, em comparação com outras datas do calendário festivo. É o Natal dos
cartões sem referência ao Divino Aniversariante. É o Natal do Papai Noel, o
velho barbudo de origem episcopal, que
vem das regiões gélidas do planeta.
Há o Natal da gastronômica
ceia natalina, o Natal do peru cevado e dos vinhos importados, reunindo
parentes, provindos de outras cidades
para a Ceia da meia-noite.
Há o Natal
histórico, comemorando o fato acontecido pelos anos 6/5 antes da era cristã,
relatado pelo evangelista Lucas, no qual uma Virgem chamada Maria, desposada
com um carpinteiro de nome José, deu à luz virginalmente a uma Criança, que
envolveu em paninhos e reclinou numa manjedoura em uma gruta nos arredores de Belém
de Judá porque, apesar de serem
descendentes do rei Davi, não haviam encontrado lugar para eles na cidade,
durante o recenseamento ordenado pelo
imperador romano César Augusto. Os pastores que vigiavam seus rebanhos nos
arredores de Belém (portanto, não era
inverno nem era dezembro...) foram notificados por anjos do céu do fato extraordinário do nascimento do Messias
esperado e convidados a ir adorar o recém-nascido na gruta, sempre segundo o
evangelista Lucas. E a fé cristã nos diz que este Menino de Belém é o próprio
Filho de Deus feito homem para nossa salvação.
Há, finalmente,
baseado nessa revelação bíblica, o Natal da missa do galo, com a celebração da divina Eucaristia naquela noite santa,
preparada com a recepção do santo sacramento da Confissão, para uma piedosa
Comunhão e participação digna e frutuosa do Sacrifício eucarístico.
Este é o Natal da
Igreja. Este deve ser o nosso Natal, sem desprezar os outros Natais, mas
evitando os exageros e colocando o Natal do Papai Noel, da Árvore, dos
presentes, dos cartões e da ceia natalina em dependência da celebração
litúrgica da Noite santa do nascimento
do Filho de Deus, feito homem por nosso
amor.
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