Conforme os melhores exegetas como Ricciotti (Vita di Gesù), as
crianças assassinadas pelo ímpio Herodes
para eliminar o Menino Jesus, seu possível concorrente, não passaram de vinte e
cinco, dada a população de Belém daquele tempo, e tendo em vista que os visados
eram apenas as crianças de dois anos para baixo e só do sexo masculino. Número
muito maior do que este é o das crianças, cada dia abortadas pelos novos Herodes, que
são os médicos abortistas, que satisfazem
os mais fúteis motivos, como o incômodo de ter mais um filho.
Quero lembrar
aqui a lei moral , que contempla o caso de um ato com duplo efeito: um bom, que
é o visado, e um mau, que é tolerado, tendo em vista o efeito bom e necessário.
É o caso, por exemplo, da mulher grávida, portadora de um tumor no útero. É
lícito fazer uma intervenção cirúrgica, tendo em vista extirpar o tumor, mesmo
que resulte dessa operação de forma indireta a morte do feto, não havendo outra
possibilidade e tendo urgência de fazer a
operação.
O boletim de
janeiro deste ano da Associação Pró-vida, de Anápolis (Goiás), traz um caso interessante. Uma senhora, de nome Sabrina, de
32 anos de idade, residente em Brasília, na quinta semana de gravidez, sentindo
dores cada vez mais intensas no baixo ventre, submeteu-se a uma ecografia. O
exame revelou gravidez dupla: um feto estava no útero normalmente e um outro
achava-se na trompa, fora do lugar natural, que os médicos chamam gravidez
ectópica. A médica que a atendeu em Brasília sugeriu que ela tomasse um remédio
para abortar os dois fetos, evitando assim qualquer risco de uma ruptura
tubária.
“Cristã e temente
a Deus, - informa o boletim da Pró-Vida
- Sabrina procurou a orientação de
Anápolis, recusando provocar o aborto dos dois fetos. Foi orientada por outro
médico, que lhe asseverou que era possível que o embrião, que estava na trompa,
parasse de crescer e morresse naturalmente. E foi o que aconteceu. Sabrina
ficou em permanente observação e a dor depois de crescer um pouco, foi
diminuindo até desaparecer completamente pela
16ª semana de gravidez. É que o feto fixado na trompa havia morrido e fora naturalmente expulso do organismo da
mãe. No dia 23 de agosto de 2013,
Sabrina deu à luz uma linda menina, a quem deu o nome de Maria Cecília. Ela se
chama Maria, explicou a mãe feliz, porque eu a consagrei a Nossa Senhora desde
o início”. Conclui o citado boletim: “O que aconteceu com a gravidez de Sabrina
é muito comum. Em mais de 65% dos casos termina em aborto natural ou o embrião
morre e é absorvido pelo organismo da mulher. Nenhuma intervenção cirúrgica é
necessária.”
Mas os novos
Herodes estão aí de plantão para matar crianças inocentes...