quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

O maior dos Sacramentos

Sem dúvida, o maior dos Sacramentos é a Eucaristia. Ela é a forma divina que Jesus encontrou para atender ao pedido que lhe fizeram os dois discípulos de Emaús: “Fica conosco, Senhor!” Ele já havia dito aos seus seguidores: “Trabalhai pelo alimento que o Filho do Homem vos dará porque Deus, o Pai, o marcou com um selo. É meu Pai        quem vos dará o verdadeiro pão do céu, porque o pão de Deus é o pão que desce do céu e dá vida ao mundo. Eu sou o pão da vida.  Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão terá a vida eterna.” E finalmente, mais incisivo ainda: ”O pão que eu darei é minha carne para a vida do mundo”. Leia isso, que Jesus disse em Cafarnaum, no evangelho de São João, capítulo 6º, do versículo 27 ao 51.
“Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o último extremo do amor”, diz João, o discípulo amado. Aconteceu isso na noite da traição, antes da agonia no horto, antes de sua prisão, de sua paixão dolorosa e de sua morte ignominiosa. Foi na última Ceia pascal que o Senhor Jesus celebrou com seus apóstolos, após ter lavado os pés de seus discípulos, tomou o pão, elevou os olhos ao céu e disse as solenes palavras, cumprimento do que prometera em Cafarnaum: TOMAI E COMEI, ISTO É O MEU CORPO. (Veja os evangelhos de Marcos, 14, 22, Mateus, 26, 26 e segs e Lucas 22,19 e 20, e ainda São Paulo na 1ª Carta aos Coríntios, 11, 23 a 27).
A Eucaristia é o grande mistério de nossa fé. É S. Tomás de Aquino, eminente teólogo, que nos ensina num hino eucarístico: “Na cruz estava escondida só a divindade. Aqui está escondida também a humanidade. Creio em ambas e confesso a minha fé.”
Mistério de fé, de pura fé, é também mistério de amor. De sumo e infinito amor. Já o discípulo amado, João, o apóstolo predileto de Jesus, como vimos acima, fala da Eucaristia como o extremo gesto de amor de Jesus por nós, no momento  em que o ódio contra Ele mais se acirra e chega ao paroxismo da traição.
Meu amigo leitor, para comungar, para receber o Corpo do Senhor na Eucaristia, você precisa ter fé na presença real de Jesus na hóstia consagrada. Além disso, é preciso estar com a consciência tranquila, isto é, que sua consciência não o acuse de nenhuma falta grave. Se isso não acontece ou se faz mais de um ano que você se confessou, então você precisa antes de comungar receber o perdão de Deus, mediante a confissão individual, isto é, recebendo o sacramento da Penitência que o reconcilia com o Pai.  Mas não vá entender, amigo leitor, que cada vez que você vai comungar, precisa confessar-se como alguns pensam. Não, repito: Você só precisa confessar-se se tiver pecado grava na consciência ou se faz mais de um ano que se confessou.
Lembro aqui uma coisa: todo católico, depois de feita a Primeira Comunhão, deve receber a Sagrada Eucaristia ao menos uma vez cada ano, no tempo pascal, ou por justa causa, em qualquer outro tempo do ano. É prescrição do cânon 920 do Código de Direito Canônico.
Ainda uma palavra final: Os cristãos que vivem maritalmente, sem terem recebido o sacramento do matrimônio, infelizmente não podem receber a Eucaristia. Ensina S. João Paulo II : “Seu estado de vida contradiz objetivamente aquela união de amor entre Cristo e a igreja, significada e atuada exatamente na Eucaristia.” Esses cristãos que vivem essa situação irregular e desejam de coração receber Jesus na Eucaristia, devem fazer a comunhão espiritual, que é o desejo sincero e ardente de receber o Corpo de Cristo. Esse desejo expresso numa oração íntima e pessoal lhes dará graças abundantes. É o que fazem os cristãos da Pastoral da Segunda União, criada em Maceió por Frei Paulo Amâncio de Freitas, capuchinho, e que tem dado tantos frutos espirituais.

O maior sacramento é o sacramento do amor de Jesus, que se faz pão para nosso alimento espiritual.  

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