Ser leitor,
acólito, diácono, padre ou bispo são funções
variadas de serviço ao povo de Deus na
Igreja.
Leitor e acólito
– são os chamados ministérios: a serviço da Palavra de Deus ou a serviço da
Santa Missa.
O Diácono é o servidor por excelência, desde o
nome, que significa exatamente “servidor” em grego, até sua instituição pelos
Apóstolos no Livro dos Atos, capítulo 6. É a primeira instituição na sagrada
hierarquia. Criados inicialmente para “servir às mesas” (Atos 6,2), logo
se destacaram pela pregação da Palavra, notadamente Filipe e Estêvão. Este último, o primeiro
mártir do testemunho cristão.
Infelizmente, por séculos na Igreja, o diaconato reduziu-se a uma mera
etapa no acesso ao presbiterato. Hoje, graças ao Concílio Vaticano II, temos a
riqueza da restauração do Diaconato
permanente. São vários seus serviços na Igreja: presidir à Celebração da
Palavra na ausência do presbítero, distribuir a Santa Comunhão, levar o Santíssimo Sacramento aos doentes,
participar dos conselhos pastorais da paróquia e muitos outros relevantes
serviços, exercidos na Igreja sempre com o apoio do presbítero e a aprovação do
Bispo diocesano.
O presbítero – palavra que significa ancião – é o segundo grau do Sacramento da
Ordem. Ensina-nos S. Pedro: “Aos presbíteros (anciãos) que estão entre vós,
exorto eu, presbítero como eles e testemunha dos sofrimentos de Cristo.” (1
Pedro, 5,1). Na antiga liturgia, na missa de S. Pio V, o sacerdote celebrante
dizia aos pés do altar, antes de começar
o Santo Sacrifício: “Entrarei ao altar de Deus, o Deus que alegra a minha
juventude” (Sl 42). Assim, o Padre no serviço ao Povo de Deus é de todas as
idades. No oração consecratória, pede o Bispo ordenante para os novos presbíteros:
“Pai todo-poderoso, constituí estes vossos servos na dignidade de presbíteros;
renovai em seus corações o espírito de santidade; obtenham o segundo grau da
Ordem sacerdotal e sua vida seja exemplo para todos.”
Dom Bosco, em Florença, no gabinete do chefe
do governo italiano, ministro Picasoli, antes de sentar-se para a audiência a
que fora convocado, advertiu: “Lembre-se V. Excia que Dom Bosco é Padre no
altar e no confessionário, e como é Padre em Turim também é Padre em Florença,
Padre em meio aos seus jovens, Padre na casa do pobre como no palácio do Rei e
dos ministros – Padre sempre e acima de tudo, Padre!” E o Santo de Turim aconselhava aos padres: “ Sacerdote, celebre a
tua Missa sempre – como se fosse a primeira – como se fosse a última – como se
fosse a única.”
Como o Povo de Deus deve venerar e amar os seus
Padres, servidores da comunidade eclesial e ministros dos sacramentos da
santificação! Como deve rezar por eles
todos os dias: “Dai-nos, Senhor, os Padres de que a Igreja precisa!”
A plenitude do
Sacramento da Ordem em seu grau mais elevado está no episcopado.
O Bispo ordenante, entre outras coisas, pergunta
ao Eleito: “Queres, com teus colaboradores, presbíteros e diáconos, cuidar do
povo de Deus com amor de Pai e dirigi-lo no caminho da salvação?” E ainda:
“Queres, por amor a Deus, mostrar-te afável e misericordioso para com os
pobres?” Ao que, o Bispo eleito responde: “Quero.”
A
palavra grega epíscopos significa “olhar do alto”, “ser vigia”. Mas o Bispo, na verdade, é Pai e Pastor. A cruz peitoral, que usa o Papa
Francisco não apresenta, como de costume,
Jesus crucificado, mas o Bom Pastor com as mãos cruzadas ao peito, com as
ovelhinhas que o cercam. O Bispo de Roma quer indicar, com esse símbolo diário
e constante,
o que seus irmãos, bispos do mundo inteiro, devem ser pelo supremo
grau do Sacramento da Ordem: Pais e Pastores.
Seus Padres
e seu povo são sua verdadeira riqueza e
felicidade.
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