quinta-feira, 29 de outubro de 2015

CASAIS DE SANTOS

                A canonização pelo Papa Francisco dos pais de  S. Teresinha, Luiz e Zélia Martin, no domingo, 18 de outubro último, em plena realização do Sínodo dos Bispos sobre a Família, constitui-se num  veemente apelo à santidade matrimonial  e numa chamada de atenção a toda a Igreja para a santidade  do  Sacramento do amor, vivido cada dia e cada hora no ambiente familiar.
                Em sintonia com essa realidade, vou apresentar aqui, neste curto espaço, alguns  exemplos de casais, que viveram em  profundidade a  santidade da vida matrimonial.
                Começo naturalmente pelos pais de Santa Teresinha.  Ambos desejaram consagrar-se inteiramente ao Senhor na vida religiosa. Luís, nascido em Bordeaux  (França) em 1823,  tentou entrar no Mosteiro São Bernardo do Monte,  mas não foi  aceito porque “não sabia latim...” Zélia, nascida em 1831, também esteve um tempo  no Mosteiro da Visitação, mas a Superiora achou que ela não era para a  vida religiosa. Encontraram-se em Alençon, ele joalheiro e ela, fabricante da famosa renda de Alençon, onde os dois se casaram  em 1858 e tiveram nove filhos, dos quais quatro morreram na primeira infância e cinco se consagraram a Deus na vida religiosa. Deles, S. Teresinha, que tinha quatro anos quando perdeu a mãe, disse: ” O Bom Deus me deu pais, mais dignos do céu do que da terra.” Na verdade, a vida dos dois foi de muito amor, dedicação total às  filhas, profunda vida espiritual de união com Deus. Declarou certa vez Zélia Martin: “Quero ser santa. Mas  não será nada fácil porque há  muita coisa para se  queimar e a madeira é dura  como uma pedra”. Pais santos dignos de uma filha santa, como S. Teresinha.
                “Eu te amo tanto, tanto,  Pedro, que tu me estás sempre presente, desde a Santa Missa da manhã, quando no Ofertório eu ofereço juntamente com o meu, o teu trabalho,  tuas  alegrias e tristezas; e assim durante todo o dia até o anoitecer” – dizia Gianna Beretta ao noivo Pietro Molla. Filha de pais de profunda fé cristã, teve sete irmãos,  uma pianista, dois :engenheiros, três médicos e uma farmacêutica. O engenheiro ordenou-se sacerdote e veio como missionário para o Maranhão;  dos  médicos também dois se tornaram missionários, uma freira e um padre. Ela  se formou em medicina em 1949 e se especializou em pediatria em 1952. Pedro e Gianna casaram-se em 1955 em Magenta,  na Itália. Gianna teve três filhos: um rapaz e duas meninas.
 Na quarta gravidez,  descobriu-se um fibroma no útero. Aí a  opção: tratar o fibroma com o  risco indireto da morte do feto, para não deixar o jovem marido viúvo e três pequenos órfãos ou não fazer tratamento algum  para garantir a vida do feto? Para  Gianna era clara a opção:  em primeiro lugar, o direito de nascer. Ela diz a Pedro com voz firme e ao mesmo  tempo serena: “Nenhuma hesitação;  escolho e exijo: salvem a criança e não se importem comigo!” Gianna Emanuela nasceu no dia 21 de abril de 1962 e a mãe ainda  a  teve nos braços antes  de morrer  em 28 de abril. Adulta, Emmanuela pôde dizer: “Minha Mãe foi duas vezes minha mãe:  uma quando me gerou,  outra quando deu a vida para que eu nascesse.”
                Outro casal que desejo apresentar aqui é  o do conhecido filósofo francês Jacques Maritain e sua esposa,  também filósofa, a russa RaÏssa Oumançoff.  Ele, de família protestante, nascido em 1882, ela de origem hebraica, judia de  religião, nascida em 1883. Conhecem-se na Sorbonne e casam-se em 1904. Sua casa em   Meudon torna-se ponto de encontro de filósofos, teólogos, escritores, poetas e artistas.  Jacques, um dos animadores da resistência francesa ao invasor nazista,  vai morar nos Estados Unidos de 1940 a 1944. De  ´44 a ´48 Jacques reside em Roma como embaixador da França junto à  Santa Sé. Raïssa falece em 1960 e Maritain participa como observador do Concílio Vaticano II, convidado pelo Papa Paulo VI.
                Raïssa teve papel insubstituível e primário no caminho de Jacques para Cristo.  Sempre em busca da verdade, ele lê um romance de Leon Bloy, seu grande amigo católico, que lhe abre o caminho à conversão. Em 11 de junho de 1905 os dois recebem  o Batismo e Bloy registra o fato: “Este dia equivale à eternidade.” O estudo de S. Tomás de Aquino para Raïssa foi sua segunda conversão. “Tudo ali, diz ela, é pureza da fé,  integridade do intelecto, iluminado pela ciência e pelo gênio.” E testemunha:” O sacramento do matrimônio transforma o  amor romântico num verdadeiro e próprio amor humano, real e indestrutível, um amor verdadeiramente  desinteressado, que não exclui o sexo, mas torna-o sempre mais independente dele: uma completa e irrevogável doação de um para o outro, por amor do outro”. E numa de suas poesias ela canta: “O Deus dos corações/ cancela dos anos a poeira/ e te leva sem rugas nem manchas,/ do amor ao Amor sem ocaso!”                        
                Além dessa última canonização do Papa Francisco, já em 21  de outubro de 2001, São João Paulo II beatificara o casal  Luiz Beltrame  e Maria Corsini. 

Foi  a primeira na história da Igreja para nos mostrar como o matrimônio cristão é santo e faz santos... 

O AMOR NA FAMÍLIA

        O mestre dos juristas brasileiros, Ruy Barbosa, chamado "A Águia de Haia", sentenciou: " A família é a célula mater da sociedade".
         Para a Igreja, a família nasce do amor, constitui-se no amor e  só se mantém                      
no amor. Amar é dar, é doar-se. Não é receber. O amor é essencialmente  gratuito. Nada pede em troca, a não ser amor. O amor, que espera retribuição, não é amor, é investimento. É dar para receber. Alguém que se casa, não se casa só "para  ser feliz" e  sim para fazer "o outro feliz". Seu grande desejo é "criar felicidade".
             O amor na família é quadripartido. Ele possui quatro dimensões, que reproduzem as quatro relações , e é a base que constitui o vínculo familiar. Dele deriva a paternidade-maternidade, o amor dos país para com seus filhos, que faz a comunidade de amor, que é a  família unida. A terceira faceta desse mesmo e único amor, que está no coração da família, é a filiação, que é a resposta de amor dos filhos para com os país, a "pietas" romana. Vem por último a fraternidade, que une os irmãos entre si e transforma a casa num lar de afeto, carinho e compreensão mútua, e produz a união dos irmãos, que vivem em harmonia e sabem perdoar-se, compreender-se e ajudar-se mutuamente.
            O mais precioso fruto do amor humano é o filho. O filho é a fortuna, a preciosidade  e o tesouro de um lar. Nenhum bem material, nenhuma riqueza terrena pode comparar-se a um filho. Um lar sem filhos é um lar vazio. É uma casa triste. É uma família incompleta. Muitas vezes sem culpa dos esposos. Mas um casal sem filhos não deixa de ser um fato triste. O filho é a encarnação do amor do pai e da mãe. No filho, o amor se faz pessoa. Como o Cristo é a encarnação do Verbo, assim o filho que vem à vida é o amor dos dois esposos, que se faz uma criatura humana. O III Encontro Mundial do Papa com as famílias no ano 2000 definiu os filhos "primavera da família e da sociedade".
           Uma palavra ainda sobre dois pecados, repugnantes ao amor na família. São: o  adultério e o aborto.
           O adultério seja do marido, seja da mulher, é igualmente grave, sem nenhuma diferença. Quem pratica adultério - hoje infelizmente tão generalizado - comete, de acordo com a moral católica, pelo menos três pecados: o contra a castidade (violando a santidade matrimonial); o contra a justiça, violando o direito exclusivo e excludente que o cônjuge tem sobre o corpo do outro, e o de perjúrio, renegando o juramento matrimonial, que fez diante do altar de Deus, na presença das testemunhas e recebido pelo ministro, em nome da Igreja.
        O aborto, ou seja a expulsão provocada do feto imaturo do seio materno, é um dos crimes mais hediondos que o direito penal da Igreja conhece. Se levado a efeito, isto é, que não se trate de mera tentativa sem êxito, o cânon 1398 pune este crime (o pecado de aborto cometido com pleno conhecimento do fato e da penalidade correspondente, sem coação ou medo grave) com a pena mais severa do direito penal da Igreja, que é a excomunhão automática, "ipso facto", que o direito chama de "latae sententiae". Esta pena atinge por igual todos os que cooperaram materialmente no efeito obtido (médico, enfermeiro, parteira) ou moralmente de forma eficaz, como o amante, o marido ou os país, que ameaçaram a mulher grávida, obrigando-a a recorrer ao procedimento abortivo. Se sabiam da pena, ficam todos excomungados.
         Tivemos agora no útlimo  domingo, 25, o final do II Sínodo sobre a família. Aguardamos agora as  "propositiones" aprovadas pelos Bispos que serão apresentadas ao Santo Padre para sua definição com uma Exortação Apostólica.
              Não podemos esquecer o ensino de São João Paulo II: " O futuro da humanidade passa pela família." 

   

Um cristão autêntico

No dia 12 de maio passado, ocorreu o centenário de nascimento do Irmão Roger Schutz Marsauche, que conheci no Congresso Eucarístico Internacional de Lourdes de 1981, em belíssima vigília ecumênica de preces,  organizada pelo s jovens dentro da programação do Congresso. Era realmente uma “figura frágil de rosto luminoso” como diz dele o jornal vaticano L´Osservatore Romano. Impressionou-me a transparência mística,  que  iluminava sua pessoa de monge e de cristão.
Em  20 de agosto de 1940, o jovem pastor protestante suíço, Roger Schutz,  de 25 anos de idade, chegava de bicicleta a Taizé, pequena  aldeia no topo de uma colina da Borgonha, perto da famosa abadia de Cluny, na França dividida e dilacerada pela 2ª guerra mundial. Após longo retiro, na solidão e no silêncio do inverno de 1953, ele redigiu a regra de Taizé que começa com as palavras: “Irmão, se te submetes a uma Regra comum, só o podes fazer por causa de Cristo e do Evangelho.  Teu louvor e teu serviço estão já integrados numa comunidade fraterna, incorporada na Igreja.”  Em julho de 1941,  o Irmão Roger encontrara-se com Paul Couturier e Maurice Villain, dois sacerdotes católicos, pioneiros do ecumenismo na França. Deles escreveu: “Penso que hoje compreendi a partir de dentro a posição católica romana destes sacerdotes. Os dois entenderam minha preocupação:  a indiferença dos cristãos diante de nossas divisões.” Surgiu assim a original experiência da uma comunidade de monges cristãos, católicos e de outras denominações cristãs, reconhecida pela Santa Sé  e pelos principais responsáveis das Igrejas e confissões cristãs.
O Irmão Roger começou a acolher todos, judeus perseguidos pelo nazismo, ex-prisioneiros alemães e crianças órfãs da guerra. Um dos símbolos da comunidade é a grande igreja, chamada da Reconciliação, construída em comum por franceses e alemães, que ali acorriam no final dos anos ´50. Nessa época, alguns Irmãos de Taizé visitavam escondidamente os  cristãos sufocados pelos regimes comunistas da Europa oriental.
No Brasil, há também uma experiência de Taizé em Alagoinha, no estado da Bahia: um  mosteiro beneditino ecumênico, que Infelizmente agora passa por grandes dificuldades pela escassez de vocações. Pelo que fui informado há, no momento, somente cinco monges católicos e três protestantes.
Inexplicavelmente, aos 90 anos, o Irmão Roger foi assassinado por um desequilibrado mental  durante a oração da noite de 16 de agosto de 2005. Sucedeu-lhe o monge católico Alois Loser.

Indubitavelmente, o Irmão Roger Schutz era um cristão autêntico...

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

O Papa, Cuba e os Estados Unidos

Após atrair as atenções da mídia mundial com seu decreto “motu próprio” Jesus Cristo, o Juiz Clemente,  reafirmando a santidade e indissolubilidade do verdadeiro matrimônio cristão e simplificando o processo de declaração de uma nulidade evidente, o Supremo Legislador da Igreja, o Papa Francisco, voltou agora a atrair as atenções da imprensa mundial na semana passada, de 19 a 26 deste, com sua viagem a Cuba e aos  Estados Unidos. 
Cuba era para a colonização espanhola nas Américas a pérola do Caribe. Cedida aos Estados Unidos em 1898, tornou-se realmente independente em 1902, permanecendo em poder dos americanos a base naval de Guantánamo. Como foi a última colônia perdida na América pela Espanha, dizia-me um amigo que, para consolar-se de alguma perda, os espanhóis dizem: “Eh! más se perdió en Cuba!”
Arrasada e reduzida à miséria pela ditadura castrista, viu-se desamparada após o esfacelamento do Império Soviético, desde a queda do Muro de Berlim em 1969 . Aqui é bom lembrar que  Fidel é ex-aluno jesuíta e rezava o terço em Sierra Maestra, para a vitória da Revolução contra o ditador Fulgêncio Batista.
É claro que o embargo econômico, que os Estados Unidos impuseram a Cuba por décadas, só fez sofrer o heroico povo cubano, porque os líderes comunistas passavam muito bem, sem as esmolas dos americanos. Um alto prelado brasileiro, inclusive purpurado, afirmou num devaneio que Cuba era a realização do paraíso terrestre. Mas uma esclarecida religiosa cubana, que participou em Itaici de uma reunião continental sobre Vocações, me dizia enfaticamente que só falava bem de Cuba quem não residia lá.
A imprensa divulgou que o velho Fidel presenteou o Papa com um livro de Frei Betto sobre Cuba. Frei Betto, nos primeiros anos do governo Lula, ocupava uma sala no Palácio do Planalto, vizinha à sala do Presidente, como seu assessor particular. Mas logo deixou esse cargo e escreveu um livro, intitulado “A Mosca Azul”. Diz-se  que essa mosca, picando uma pessoa,  provoca delírios de grandeza.
Papa Francisco esteve em três cidades cubanas:  a capital, Havana, em Holguin e em Santiago de Cuba, onde venerou a padroeira da Ilha caribenha, Nossa Senhora do Rosário do Cobre e aí se despediu do sofredor e heroico povo cubano.
De  Cuba, o Papa Francisco foi para os Estados Unidos. Cito o insuspeito Michail Gorbachev em seu livro-programa “Perestroika – novas ideias para o meu país e o mundo” : “Os Estados Unidos da América têm uma grande história. Quem pode questionar a importância da revolução americana para o progresso social da humanidade ou o gênio tecno-científico dos EUA e suas realizações na literatura, arquitetura e arte? Tudo isso pertence aos EUA” (pg. 253 da versão portuguesa). Mas os EUA são também a terra da bomba atômica, lançada no Japão, nos estertores da derrota militar, para mostrar à União Soviética (já começava a guerra fria) seu insuperável poderio de destruição. É o País que se arvorou em Polícia mundial, com as absurdas guerras do Vietnã, da Coréia e ainda recentemente, com a intervenção no Afeganistão contra o talibã. Sofreu o atentado contra as Torres Gêmeas e o Pentágono, que mostrou também seu lado fraco.




O Santo Padre teve encontro particular com o Presidente Obama. Nele – dizem os jornais – terá discutido temas como justiça social e econômica, mudanças climáticas e integração de imigrantes. O Presidente, nos jardins da Casa Branca, diante de mais de 10.000 pessoas, elogiou a humildade e simplicidade de Francisco e agradeceu seu apoio inestimável na histórica aproximação, iniciada em 2014 entre Havana e Washington. Papa Francisco falou ainda no Congresso Americano, com 31% de  católicos – o primeiro papa que o faz – e em Nova Iorque, discursou na Assembleia Geral das Nações Unidas, seguindo a tradição de seus três últimos predecessores.
Em Filadélfia, cidade-berço da democracia americana, com a convenção das 13 colônias inglesas numa sala modesta, que ainda hoje se conserva, como em 1775, e o sino da liberdade, o Papa  encerra a Jornada Mundial das Famílias e se despede do continente americano.

Assim Francisco, com sua encantadora simplicidade e extraordinária popularidade, trouxe bênçãos e graças para a América.

Invalidade ou invalidação?

Um matrimônio válido pode ser invalidado, isto é, declarado nulo por um tribunal eclesiástico? Não. A Igreja, após processo judicial, pode declarar que um matrimônio foi inválido, isto é, desde o primeiro momento não existiu validamente?  Sim. Quer dizer, que os nubentes não cumpriram  as condições requeridas para, livre e conscientemente, jurarem mutua fidelidade e cumprimento das obrigações inerentes ao matrimônio.
                Agora, Papa Francisco, em data de 8 de setembro  último, promulgou um documento, que no linguajar canônico se chama “Motu Proprio” - “De própria iniciativa”, intitulado “Mitis Iudex Dominus Iesus” - O Senhor Jesus,  Juiz Benigno”.
                Tendo presente a lei suprema da Igreja, que é a salvação das almas, como diz o cânon 1752 do Direito Canônico, o Papa constituiu um grupo de pessoas, como ele diz, “eminentes por doutrina jurídica, prudência pastoral e experiência forense”, sob a direção do juiz decano da Rota Romana, o mais alto tribunal eclesiástico. O objetivo não é a anulação de matrimônios, mas sim a celeridade dos processos, lembrando o princípio do Papa Gregório IX: “justiça atrasada é justiça negada”.
                As principais novidades são as seguintes: 1) maior rapidez no processo matrimonial. Os casos mais simples, de nulidade evidente, líquida e certa,  podem ser resolvidos diretamente pelo próprio bispo; 2) foi suprimida a chamada “dupla sentença conforme”. Por exemplo: um processo resolvido em Pernambuco, é remetido ao tribunal de Fortaleza,  de segunda instância, que em geral demora demais e muitas vezes contradiz a sentença do Recife. Agora bastará a sentença do tribunal de primeira instância; 3) a primeira instância não precisa ser mais um tribunal, propriamente dito, mas bastará um único juiz, de reconhecida competência no direito canônico; 4) o depoimento das partes, isto é, dos cônjuges, marido e mulher, se for revestido de bastante credibilidade, que produza certeza moral no juiz, fará o que se chama prova plena e dispensará a chamada oitiva de testemunhas, isto é, as oito testemunhas, que hoje são exigidas. Este ponto realmente, dará ao processo grande celeridade..
                Na entrevista que o canonista Edson Sampel deu à Agência de Notícias ZENIT foi  tratada  afinal a questão dos custos. É  questão de difícil solução,  porque hoje impede aos pobres o acesso aos tribunais eclesiásticos. O que o Papa Francisco deseja é que as dioceses assumam as inevitáveis despesas, como os salários dos funcionários dos tribunais.
                Fique claro que o matrimônio verdadeiro, realizado conforme as normas da Igreja, com seriedade. é sempre indissolúvel. E os casamentos que vemos em nossas igrejas do centro da cidade? Nada de preparação espiritual, como a confissão e  a comunhão. Única preocupação: o vestido da noiva, os cinegrafistas, a orquestra e etc .É os que eu chamo  ” shows matrimoniais”.

                Para concluir, fique claro que não existe anulação de matrimônio  válido e sim       declaração da invalidade de um matrimônio nulo, agora apressada pelas determinações do Legislador supremo, o Papa, que entrarão em vigor no próximo dia 8 de dezembro.