“Mens sana in corpore sano” – diziam os romanos - “mente sadia num
corpo sadio”. O esporte, praticado com
equilíbrio mental e no respeito às exigências da ética, é fator de crescimento moral e saúde do corpo e do espírito.
A história da origem dos Jogos
Olímpicos é controversa. Segundo a lenda, teriam surgido por volta do ano 2500, antes de Cristo, motivados
pelo desejo do deus Hércules de homenagear seu pai Zeus, deus supremo da
mitologia grega. Mas o que a história nos diz mesmo é que os primeiros jogos
olímpicos aconteceram em 776 a. C. na cidade de Olímpia, para dar uma trégua às
contínuas guerras e conflitos entre as cidades-estados do mundo grego. Olímpia
tem a ver também com Olimpo, a morada dos deuses, que eram jovens, sadios e, em
geral, de boa aparência.
Com a dominação romana, foram
proibidas as manifestações do culto grego e em 392, da era cristã, um decreto
do Imperador romano Teodósio I proibiu os Jogos Olímpicos, pelo seu caráter
religioso.
Em 1896, surgiram as Olímpiadas da era
moderna. Foram disputadas em Atenas para uma homenagem às Olimpíadas gregas,
por iniciativa do francês Pierre de Fredy, barão de Coubertin. Participaram 285
atletas de 13 países. As disputas foram inicialmente:
atletismo, esgrima, luta livre, ginástica, halterofilismo, ciclismo, natação e
tênis. Hoje são muito mais.
São
impressionantes os números dos XXXI Jogos Olímpicos a serem disputados na
Cidade do Rio de Janeiro de 5 a 21 de agosto próximo. Serão disputadas 28
modalidades esportivas, com a inclusão do rúgbi de sete e do golfe. Esperam-se
cerca de 10.500 atletas, de 206 nacionalidades e prevê-se, pela televisão e
pelo rádio, uma audiência de mais da metade da população da terra, isto é,
cerca de 4,5 bilhões de pessoas ao redor do planeta.
As
próximas Olímpiadas serão realizadas em Tóquio, no Japão, em 2020 e as últimas
foram em 2012, em Londres, no Reino Unido. Sempre com a distância de quatro
anos, conforme a tradição helênica.
E os custos desse mega-espetáculo? Estudo
divulgado pela Universidade de Harvard em 2014 – informa o Boletim Salesiano –
estimou que os custos são, em média, 252% a mais do que aquele que foi
inicialmente previsto. Como exemplo, a Universidade cita que os Jogos de 2012
custaram aos cofres britânicos 18 bilhões de dólares, embora tenham sido
previsto antes gastos na ordem de cerca de 6 bilhões. No caso brasileiro, vai
haver um aumento expressivo pela necessidade das ações policiais e de
inteligência anti-terroristas. E ao
final, quem vai pagar essa conta? O povo, é claro...