Dom Edvaldo G. Amaral (*)
Para quem não recorda, esta sigla
LGBT designa o grupo de pessoas Lésbicas,
Gays, Bissexuais e Transexuais.
Ensina-nos o Catecismo da Igreja Católica em seu nº 2357: “A
homossexualidade designa as relações entre homens e mulheres que sentem atração
sexual, exclusiva ou preponderante, por pessoas do mesmo sexo. A
homossexualidade se revestiu de formas muito variáveis ao longo dos séculos e
das culturas. A sua gênese psíquica continua amplamente inexplicada.” E mais
adiante continua o Catecismo: “Um número não negligenciável de homens e de
mulheres apresenta tendências homossexuais inatas.” E atenção a esta
observação: “Não são eles que escolhem sua condição homossexual; para a
maioria, pois, ela constitui uma provação.” E aqui o Catecismo faz importante
observação prática para o comportamento do cristão diante desse fato inegável:
“ Devem ser acolhidos com respeito e delicadeza. Evitar-se para com eles todo
sinal de discriminação injusta. Essas pessoas são chamadas a realizar a vontade
de Deus na sua vida e, se forem cristãs, a unir ao sacrifício da cruz do Senhor
as dificuldades que possam encontrar por causa da sua condição.” E conclui o
Catecismo: “As pessoas homossexuais são chamadas à castidade.
Em minha prática pastoral, sempre ensinei que ninguém tem
culpa de ser homossexual. Mas, como eu pelo meu voto de castidade, estou
comprometido a não exercer minha heterossexualidade, assim também o irmão
homossexual não pode moralmente praticar atos homossexuais. Mas afinal a lei
moral da castidade é para todos, de formas diferentes. O casado não pode
realizar atos sexuais, a não ser com sua esposa, e na forma determinada pela
natureza e não com aberrações anti-naturais e que humilham a parceira
reduzindo-a a condições deprimentes de prostituta; o homem solteiro, o
religioso com voto de castidade deve abster-se de qualquer ato contra a
castidade. O solteiro porque não tem
esposa, o religioso porque jurou a Deus, na presença de duas testemunhas em
nome da Igreja que guardaria perfeita castidade, seja em atos, como palavras e
atitudes.
Assim se vê que a moral da Igreja é para todos e, quanto à
castidade, conforme o gênero de vida abraçado: solteiro, casado, viúvo ou
religioso com voto de castidade.
(*)
É arcebispo emérito de Maceió
Blog:domedvaldoamaral.blogspot.com.br