Tema realmente espinhoso e difícil de ser abordado,
sem ferir suscetibilidades pessoais e normas da moral, é esse do
homossexualismo. A revista MARIA AUSILIATRICE, de Turim, norte da Itália, divulgou em sua edição
de julho/agosto deste ano, interessante entrevista com o jovem Philippe Ariño que, sobre o tema publicou um livro que causou
grande impacto, com o título: “Homossexualismo contra a corrente.”
Ariño nasceu na Espanha há 34 anos e vive em Paris,
onde ensina espanhol e comunicação. Depois de ter vivido uma série de
experiências e relacionamentos, há três
anos deixou o companheiro com quem vivia e,
como diz no subtítulo de seu livro, passou a “viver conforme a Igreja e ser feliz”.
Disse ele à revista salesiana de Turim: “O mundo
não se divide entre homosssexuais de um
lado e heterossexuais do outro, mas sim entre homens e mulheres. A
homossexualidade é o sinal do não encontro entre o homem e a mulher e a ruptura
dos homens com Deus. É uma ferida que eu escolhi denunciar, para ajudar as
pessoas homossexuais a sair do sofrimento da prática da homossexualidade e as
pessoas heterossexuais a compreender que a prática da homossexualidade não é
outra coisa senão a incapacidade de amar-se na diferença dos sexos.”
Sobre o impacto
que a divulgação de sua nova atitude diante do sexo está causando, ele
explicou: “Eu deixei aquele comportamento não por falta de algo melhor, uma desilusão amorosa ou espécie de orgulho
de praticar atos que a moral cristã condena. Deixei porque aqueles atos não me
bastavam e hoje, ao invés, a continência me satisfaz totalmente. Não é o número das escolhas amorosas que determinam
o grau de nossa felicidade, mas sim a
escolha integral por uma única pessoa, seja ela o que chamam de sexo oposto, ou
seja Jesus Cristo.”
E com vigor, ele
explica: ”Propor o caminho da continência a uma pessoa homossexual, sem
convencê-lo da presença de Jesus na sua vida, que Ele existe, é nosso amor e
nossa segurança, equivale a dar-lhe uma corda para enforcar-se.”
Sobre seu papel
na Igreja hoje, esclarece: “Minha condição atual me permite desempenhar um
papel, que nenhum padre ou religioso poderia realizar. Tenho visto nos debates e
nas palestras que realizo, que meu testemunho pessoal de homossexual, hoje
continente, causa grande impacto nos
jovens, nos menos jovens e nos religiosos. Eu, pobre leigo sem valor, constato que recebi de Deus
um carisma especial de libertação para alguns pregadores na Igreja que não
teriam exemplos concretos de homossexuais continentes.”
A revista
salesiana de Turim conclui fazendo notar: “Teu testemunho parece não excluir a
santidade...” Ao que, Ariño respondeu:
“Sem dúvida! É que Deus se serve de qualquer madeira para acender o fogo. Mirar
à santidade significa apontar para a
perfeição e ser santificados por Alguém infinitamente maior que nossas ações e
nossos méritos. Estou convicto que se abrirmos nosso coração para acolher o
‘escândalo’ da cruz de Cristo e da virgindade fecunda de Maria, seremos todos –
homossexuais ou não – SANTOS!”
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