quarta-feira, 13 de maio de 2015

OS NOVOS HERODES

Conforme os melhores exegetas como Ricciotti (Vita di Gesù), as crianças assassinadas pelo ímpio  Herodes para eliminar o Menino Jesus, seu possível concorrente, não passaram de vinte e cinco, dada a população de Belém daquele tempo, e tendo em vista que os visados eram apenas as crianças de dois anos para baixo e só do sexo masculino. Número muito maior  do que este é o das crianças,  cada dia abortadas pelos novos Herodes, que são os médicos abortistas, que  satisfazem os mais fúteis motivos, como o incômodo de ter mais um filho. 
                Quero lembrar aqui a lei moral , que contempla o caso de um ato com duplo efeito: um bom, que é o visado, e um mau, que é tolerado, tendo em vista o efeito bom e necessário. É o caso, por exemplo, da mulher grávida, portadora de um tumor no útero. É lícito fazer uma intervenção cirúrgica, tendo em vista extirpar o tumor, mesmo que resulte dessa operação de forma indireta a morte do feto, não havendo outra possibilidade e tendo urgência de fazer a   operação.
                O boletim de janeiro deste ano da Associação Pró-vida, de Anápolis (Goiás), traz um caso  interessante. Uma senhora, de nome Sabrina, de 32 anos de idade, residente em Brasília, na quinta semana de gravidez, sentindo dores cada vez mais intensas no baixo ventre, submeteu-se a uma ecografia. O exame revelou gravidez dupla: um feto estava no útero normalmente e um outro achava-se na trompa, fora do lugar natural, que os médicos chamam gravidez ectópica. A médica que a atendeu em Brasília sugeriu que ela tomasse um remédio para abortar os dois fetos, evitando assim qualquer risco de uma ruptura tubária.
                “Cristã e temente a Deus, - informa  o boletim da Pró-Vida - Sabrina procurou a  orientação de Anápolis, recusando provocar o aborto dos dois fetos. Foi orientada por outro médico, que lhe asseverou que era possível que o embrião, que estava na trompa, parasse de crescer e morresse naturalmente. E foi o que aconteceu. Sabrina ficou em permanente observação e a dor depois de crescer um pouco, foi diminuindo até desaparecer completamente pela  16ª semana de gravidez. É que o feto fixado na trompa havia morrido  e fora naturalmente expulso do organismo da mãe.  No dia 23 de agosto de 2013, Sabrina deu à luz uma linda menina, a quem deu o nome de Maria Cecília. Ela se chama Maria, explicou a mãe feliz, porque eu a consagrei a Nossa Senhora desde o início”. Conclui o citado boletim: “O que aconteceu com a gravidez de Sabrina é muito comum. Em mais de 65% dos casos termina em aborto natural ou o embrião morre e é absorvido pelo organismo da mulher. Nenhuma intervenção cirúrgica é necessária.”

                Mas os novos Herodes estão aí de plantão para matar crianças inocentes...

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