quinta-feira, 23 de março de 2017

ESTUPRO versus ABORTO

         Praticar o aborto contra o feto, nascido da violência do estupro, serviria para purificar a mulher, violentada pelo estupro,  da consequência do crime hediondo cometido contra ela? Seria o mesmo que cometer um horrendo delito – tirar a vida do inocente – para compensar  outro abominável, que é a violência cometida contra a mulher.
         A edição 211 do folheto “ABORTO – faça alguma coisa pela vida”, editado pela organização PRÓ-VIDA, da diocese de Anápolis-Goiás, sob a direção do Pe. Luiz Carlos Lodi – um incansável defensor dos direitos da vida humana – traz oportunas e preciosas considerações sobre a questão “estupro versus  aborto”.
         Transcrevo com prazer: “Há quem pense que se uma gravidez resultou de um estupro, o aborto seria a forma de ‘desestuprar’ a mulher. Convém lembrar, a quem sustenta tal opinião, que a vida da criança por nascer permanece inviolável, apesar da violência por quem seria seu pai, sofrida por sua mãe. Em qualquer caso, ainda que o bebê em um primeiro momento, parecesse repugnante aos olhos da mãe, nada justificaria sua morte. Em meu trabalho pró-vida,  já conheci muitas vítimas de estupro, que engravidaram e deram à luz. Elas são unânimes em afirmar que estariam morrendo de remorsos se tivessem abortado. A convivência com a criança não perpetua a lembrança do estupro sofrido, mas serve de doce remédio para a violência sofrida.”
         Continuam as preciosas observações do Pe. Lodi: “E mais: se no futuro a mulher se casa e tem outros filhos, o filho do estupro costuma ser o preferido. Tal fato tem explicação simples: as mães se apegam de modo especial aos filhos que, ao nascer, lhe deram maior trabalho. Se, ao contrário, a gestante cometer  aborto, a marca do estupro, longe de se apagar, ficará cristalizada. Em vez de ter, diante de si, o rosto sorridente de uma criança para lhe servir de remédio pela violência, que lhe foi infligida, terá dentro de si a voz da consciência, acusando-a de ter matado um filho inocente. Nenhuma vítima de estupro merece tal castigo.” 
E Pe. Luiz Carlos, para encerrar, cita o depoimento de uma jovem, Maria Luciene, violentada em 1995: “No início, quando você percebe que está grávida, fica com muita raiva. Mas depois que a criança nasce, você nem se lembra mais do que aconteceu.”

A violência contra a vida do inocente não se justifica pela violência do criminoso estuprador...

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