Inexcedível foi o brilhantismo com que o povo católico de Maceió na
quinta-feira passada, dia 26 de maio, celebrou a festa do Corpo e Sangue do
Senhor, o mistério com que a Igreja Católica celebra a Divina Eucaristia,
instituída por Jesus Cristo, para sua permanente presença entre os homens, sob
as aparências do Pão e do Vinho. É a festa conhecida por muito tempo com o nome
latino de Corpus Christi.
Além
das missas solenes em todas as paróquias da diocese, o ponto alto da celebração,
em nível diocesano, foi a procissão da tarde, saindo da Igreja Catedral de
Nossa Senhora dos Prazeres, com a piedosa participação de todas as paróquias
de Maceió. Sob a presidência do Sr. Arcebispo
Metropolitano, Dom Antônio Muniz Fernandes, e a larga presença dos sacerdotes
de Maceió, a procissão eucarística teve sete interrupções durante o trajeto,
com uma oração especial, dirigida por um dos párocos da capital e com a bênção do
Santíssimo Sacramento, dada pelo Sr. Arcebispo, que conduzia o ostensório de
arte colonial, com a hóstia consagrada.
Seguindo-se a
tradição, o encerramento da procissão deu-se na Praça dos Martírios, uma das
mais belas e maiores das praças de nossa capital, emoldurada que é pela Igreja
do Bom Jesus dos Martírios e pelo antigo Palácio do Governo, hoje Museu do
Estado. Foi celebrada a Santa Missa de encerramento pelo Sr. Arcebispo, Dom
Muniz, que na homilia aproveitou, entre outros assuntos, para fazer um pedido
às autoridades de nosso Estado em favor das classes, que estão em greve, em
busca de melhores salários.
Calcula-se em 30
mil a 40 mil o número dos participantes no encerramento na praça, que vibraram
com aclamações e preces, conduzidas pelo diretor do jornal O Semeador, Pe. Luiz
Antônio, um dos dirigentes da PASCOM, pastoral da comunicação da Arquidiocese.
Os alunos da Casa
Dom Bosco, tendo à frente seu diretor o Padre Tito Regis Rodrigues,
acompanharam piedosamente a procissão eucarística. Este ano, tive também a felicidade de participar do encerramento da procissão e
rezar com o Povo de Deus, presente na praça, pedindo ao Senhor “os Padres de
que Alagoas precisa”, conhecida jaculatória de meus tempos de arcebispo
metropolitano. Pela gentileza do Sr. Arcebispo, foi também lembrada a data de
meu aniversário natalício, ocorrida na véspera.
Esta, que é uma das mais solenes festas da liturgia
da Igreja, foi instituída pelo Papa Urbano
4º em 11 de agosto de 1264. O texto da Missa e do Ofício Divino foi composto, por
determinação do Papa, por um dos maiores teólogos da Igreja em todos os tempos,
o santo da Eucaristia, São Tomas de Aquino.
Foi realmente uma
bela e piedosa festa eucarística de nossa Arquidiocese.
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