sexta-feira, 26 de agosto de 2016

SANTA EDITH STEIN

            Êste título está errado...Trata-se de Santa Teresa Benedita da Cruz. Nascida em 1891 na Breslávia, região da Alemanha, de família judia, Edith Stein, de inteligência brihante e vivaz, era apelidada na família de Die Fluge, “A Inteligente”. Aos 12 anos de idade, abandonou a fé de seu povo, dizia ela, para afirmar-se como “um ser autônomo”. Aos 21, declarou-se agnóstica, justificando “sinto-me incapaz de acreditar na existência de Deus.”
            Procurou na filosofia fenomenologista de Husserl, de que foi assistente, a resposta ao seu anseio pela verdade. Abandonou essa filosofia e fez de Tomás de Aquino seu mestre para encontrar a verdade.
            É muito interessante seu sincero itinerário em busca da verdade. Dois fatos reais iluminaram sua decisão definitiva. Uma visita de pêsames à jovem viúva de um  colega filósofo, morto na guerra, causou-lhe espanto. Encontrou-a aflita certamente, mas resignada pela sua fé na vontade de Deus. Escreveu depois Edith: “Foi o meu primeiro encontro com a Cruz, minha primeira experiência da força divina que dimana da Cruz para todos aqueles que a abraçam com fé e esperança.”
            A segunda experiência foi decisiva. No verão de 1921, Edith estava à noite na casa de uns amigos. Foi à biblioteca e retirou o primeiro livro, que encontrou para passar parte da noite, antes de adormecer. Era A Vida de Santa Teresa de Jesus, escrita por ela mesma. Leu-o a noite inteira e ao amanhecer exclamou para si mesma: ESTA É A VERDADE!
            No mês seguinte, batizou-se e tornou-se católica.
            Edith Stein havia encontrado a Verdade por que tanto suspirara. ”A Cruz não é um fim em si mesma;  é a arma poderosa de Cristo. O amor sem a verdade e a verdade sem o amor são a negação total da verdade. Mas a prova suprema do amor deve passar pela experiência do Getsêmane e do Calvário.”
            Em 1933, Edith entrou no Carmelo de Colônia com o nome de Teresa Benedita da Cruz. Teresa – porque carmelita e foi pela vida de S. Teresa que encontrou a Verdade, Benedita – pela sua admiração pelos beneditinos. E a Cruz – porque foi por ela que encontrou a Verdade.
            Com o advento do nazismo e a feroz perseguição aos judeus, ela tão conhecida em toda a Alemanha pelo tempo em que fazia palestras filosóficas por todo o país, fugiu para um Carmelo na Holanda com sua irmã, que a acompanhara como monja.
            Em l942, os nazistas capturaram as duas, que morreram nas câmaras de gás de Auschuitz em 9 de agosto daquele ano, que é o dia de sua festa litúrgica.
            São João Paulo II canonizou-a em 1998 e fê-la também copatrona da Europa com S. Catarina de Senna e S. Brígida da Suécia.
Declarou-a eminente filha de Israel e filha da Igreja.
            Na verdade, Edith Stein gloriava-se diante dos católicos de ser judia e diante dos judeus de ser católica. Não era orgulho, mas a satisfação de ter conhecido as duas faces da moeda e de ter chegado a Cristo Verdade!


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