terça-feira, 13 de setembro de 2016

A SANTA DE CALCUTÁ

       “As mãos que ajudam são mais sagradas que os lábios que rezam “ – nessas palavras está com singeleza todo o pensamento espiritual e prático da Madre Teresa de Calcutá – hoje Santa Teresa.
         A um jornalista que lhe perguntou o que se deveria fazer para reformar o mundo, ela respondeu: “Você e eu devemos nos reformar, e já é um bom começo...”
         Agnes Bojaxhiu, seu nome de batismo, nasceu em 26 de agosto de 1910 na Albânia, no Leste europeu. Aos 18 anos, entrou na Congregação das Irmãs de Loreto em Dublin, na Irlanda. Após os votos, foi enviada para a Índia, onde era professora e depois  diretora de um colégio para meninas de boas famílias em Calcutá. Foi numa viagem de trem, que ouviu um chamado interior para se dedicar aos pobres e necessitados, que ela via por toda a India. No dia 8 de agosto de 1948, com aprovação do arcebispo de Calcutá, deixou a Congregação, passando a usar um sári branco, debruado de azul com uma pequena cruz no ombro. É a roupa típica das mulheres indianas.
         A partir de março de 1949, começaram a aparecer, em bom número, vocações entre suas antigas alunas  do Colégio de Calcutá; algumas filhas de famílias ricas, dispostas a colocar sua vida, sob a direção de Madre Teresa, a serviço dos pobres e miseráveis da Índia. Em 7 de outubro de 1950, foram aprovadas pela Santa Sé as Missionárias da Caridade, como foram chamadas as Irmãs de Madre Teresa. Sua Congregação espalhou-se pelo mundo, sempre a serviço dos pobres.
         Madre Teresa, em sua humildade e simplicidade, teve o reconhecimento do mundo, que não conseguiu alterar seu perfil  de humilde servidora dos pobres. Disse a um homem que queria desfazer-se de seu filho: “Se não quer criar seu filho, me dê que eu cuido dele.”
         Tive a sorte de vê-la de longe, num estádio, durante o Congresso Eucarístico Internacional de Filadélfia, nos Estados Unidos, em 1975.
         Recebe o Prêmio Nobel da Paz em 1979. No ano seguinte, recebe o prêmio de  distinção especial de serviço público dos Estados Unidos. O Presidente Reagan confere-lhe a Medalha Presidencial da Liberdade.  E até a União Soviética, em 1987,  condecora-a com a Medalha de Ouro do Comité Soviético da Paz. Várias Universidades ao redor do mundo conferiram-lhe títulos “honoris  causa”. Foi amiga da Princesa Diane, da Inglaterra, que a considerava uma santa e naturalmente foi muito criticada por essa amizade.
         Tudo isso – é importante salientar -  não abalou a simplicidade e humildade inalteradas de Madre Teresa.

         Faleceu a 5 de setembro de 1997 e o Papa enviou seu Secretário de Estado, Cardeal Ângelo Sodano, para presidir suas exéquias. Foi beatificada por S. João Paulo II em 2003 e  em 4 de setembro deste ano, foi canonizada pelo Papa Francisco. È agora Santa Teresa de Calcutá, a mãe dos pobres e miseráveis do mundo inteiro.

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