“As mãos que ajudam são mais sagradas que os lábios que rezam
“ – nessas palavras está com singeleza todo o pensamento espiritual e prático da
Madre Teresa de Calcutá – hoje Santa Teresa.
A um jornalista
que lhe perguntou o que se deveria fazer para reformar o mundo, ela respondeu:
“Você e eu devemos nos reformar, e já é um bom começo...”
Agnes Bojaxhiu,
seu nome de batismo, nasceu em 26 de agosto de 1910 na Albânia, no Leste
europeu. Aos 18 anos, entrou na Congregação das Irmãs de Loreto em Dublin, na
Irlanda. Após os votos, foi enviada para a Índia, onde era professora e
depois diretora de um colégio para
meninas de boas famílias em Calcutá. Foi numa viagem de trem, que ouviu um
chamado interior para se dedicar aos pobres e necessitados, que ela via por
toda a India. No dia 8 de agosto de 1948, com aprovação do arcebispo de
Calcutá, deixou a Congregação, passando a usar um sári branco, debruado de azul
com uma pequena cruz no ombro. É a roupa típica das mulheres indianas.
A partir de
março de 1949, começaram a aparecer, em bom número, vocações entre suas antigas
alunas do Colégio de Calcutá; algumas
filhas de famílias ricas, dispostas a colocar sua vida, sob a direção de Madre
Teresa, a serviço dos pobres e miseráveis da Índia. Em 7 de outubro de 1950,
foram aprovadas pela Santa Sé as Missionárias da Caridade, como foram chamadas
as Irmãs de Madre Teresa. Sua Congregação espalhou-se pelo mundo, sempre a
serviço dos pobres.
Madre Teresa,
em sua humildade e simplicidade, teve o reconhecimento do mundo, que não
conseguiu alterar seu perfil de humilde
servidora dos pobres. Disse a um homem que queria desfazer-se de seu filho: “Se
não quer criar seu filho, me dê que eu cuido dele.”
Tive a sorte de
vê-la de longe, num estádio, durante o Congresso Eucarístico Internacional de
Filadélfia, nos Estados Unidos, em 1975.
Recebe o Prêmio
Nobel da Paz em 1979. No ano seguinte, recebe o prêmio de distinção especial de serviço público dos
Estados Unidos. O Presidente Reagan confere-lhe a Medalha Presidencial da
Liberdade. E até a União Soviética, em
1987, condecora-a com a Medalha de Ouro
do Comité Soviético da Paz. Várias Universidades ao redor do mundo
conferiram-lhe títulos “honoris causa”.
Foi amiga da Princesa Diane, da Inglaterra, que a considerava uma santa e
naturalmente foi muito criticada por essa amizade.
Tudo isso – é
importante salientar - não abalou a
simplicidade e humildade inalteradas de Madre Teresa.
Faleceu a 5 de
setembro de 1997 e o Papa enviou seu Secretário de Estado, Cardeal Ângelo
Sodano, para presidir suas exéquias. Foi beatificada por S. João Paulo II em
2003 e em 4 de setembro deste ano, foi
canonizada pelo Papa Francisco. È agora Santa Teresa de Calcutá, a mãe dos
pobres e miseráveis do mundo inteiro.
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