O que
antigamente se chamava réveillion, hoje “virada do ano”, foi celebrado em Maceió
com profundo sentido cristão. Organizada pela Comunidade Católica Shallon e presidida pelo Padre Tito Regis Rodrigues,
diretor da Casa Dom Bosco e agora nomeado pároco da nova paróquia de S. Miguel
Arcanjo, foi celebrada belíssima missa na praia da Pajuçara, antes da
tradicional queima de fogos, realizada
pela Prefeitura Municipal, que também deu o necessário suporte para a segurança
do evento e a realização ao ar livre do ato litúrgico.
Também em
outras dioceses do Brasil, a Santa Missa e outras celebrações religiosas
assinalaram a entrada do Novo Ano, marcada pela esperança cristã.
Enquanto
isso, o noticiário nacional foi abalado pelas horríveis tragédias ocorridas em
duas prisões de Manaus e, cinco dias depois, em Roraima, como uma verdadeira
metástase do horror, como foi chamada por revista de circulação nacional. O
saldo tenebroso de 64 mortes, estrangulamentos, decapitações e outros horrendos
crimes em Manaus, foi seguido de 31 assassinatos, com igual crueldade, na
vizinha Roraima.
Em 4 de
janeiro, a CNNB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) emitiu nota oficial
sobre o triste acontecimento. De início, cita o Papa Francisco que, na
audiência geral daquele mesmo dia, referindo-se a esse massacre, afirmou:
“Renovo o apelo para que as prisões sejam lugares de reeducação e reinserção
social e que as condições de vida dos reclusos sejam dignas de pessoas
humanas.” Comenta a CNBB: “Nestes três pilares mencionados pelo Papa, estão
construídas, há muitos anos, a posição e solicitude da Igreja diante da
realidade de vida dos encarcerados no Brasil: reeducação, reinserção social e
respeito pela dignidade humana. A Igreja tem oferecido sua contribuição na
defesa da dignidade dos encarcerados e promoção da justiça social. A CNBB
manifesta sua disposição de continuar trabalhando para que se implante uma
segurança, que proporcione condições de vida pacífica para os cidadãos de bem e
para as comunidades no combate ao banditismo. Por outro lado, a Pastoral
Carcerária acompanha as unidades prisionais em todo o país e tem, reiteradas
vezes, chamado a atenção para os graves problemas do sistema penitenciário: a
superlotação e a falta de estrutura das unidades prisionais, a necessária
reeducação e reinserção social dos presos.” Finaliza a CNBB: “Pedimos às
autoridades competentes a rigorosa apuração dessa tragédia, na sua complexidade
conjuntural e estrutural e, acima de tudo, a busca de um sistema penitenciário
justo, digno e humano.”
Rezemos com
o Papa Francisco pelos detentos mortos e vivos, e também por todos os
encarcerados do mundo, para que as prisões sejam para reinserir na sociedade e
não sejam superlotadas.
E assim queremos afirmar a esperança
cristã para o novo ano que começa. Sim, 2017 tem que ser um ano da esperança...
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