quarta-feira, 9 de março de 2016

Spothlight - o melhor filme do ano?

                    A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas  de  Hollywood concedeu   este ano os  prêmios mais  prestigiosos do cinema mundial ao filme Spotlight –Segredos Revelados,  do diretor Tom McCarthy. Foi indicado a  seis prêmios no Oscar  e venceu nas categorias Melhor Filme e Melhor Roteiro Original. O filme  conta com excelentes artistas como Rachel McAdams,   que interpreta a repórter Sacha Pfeiffer. A crítica o enalteceu e alguns distinguiram nele “a relevância da prática de um jornalismo livre e realmente investigativo.”
Ele se  coloca na esteira do êxito de seu predecessor Todos os homens do Presidente, o filme que narrou, em 1976,  o trabalho do repórter Carl Bernstein e seu colega do Washington Post,  no caso conhecido como Watergate, que levou  à renúncia o Presidente Richard Nixon. Spotlight  conta a história (real) de uma extraordinária equipe de jornalistas do jornal Boston Globe, que realizou  pesquisas incansáveis,  com infindáveis reuniões  secretas e buscas de fontes decisivas sobre os crimes de pedofilia,  praticados por alguns sacerdotes da  diocese de Boston, que, infelizmente, eram  apenas transferidos de  paróquia em paróquia,  sem medidas realmente enérgicas e eficazes, para conter o mal. Narra o filme que  no dia 6 de janeiro de 2002,  o jornal Globe Boston publicou essa reportagem-bomba, que trazia provas irrefutáveis e que abalou fortemente a comunidade irlandesa  da cidade..                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                    A diocese de Boston gastou milhões de dólares  nos  tribunais civis e o processo naturalmente foi para Roma, para os tribunais da Cúria romana. 
O arcebispo Cardeal  Bernard Francis  Law renunciou ao governo pastoral da diocese, retirando-se para uma vida privada. Ele  havia sido criado  cardeal no  Concistório de 25 de maio  de 1985,  pelo Papa S. João Paulo II.  Seu título  era da Igreja de Santa Susana, na diocese de Roma, que é título meramente tradicional e simbólico para todos os cardeais, não lhes conferindo nenhuma jurisdição ou prerrogativa particular.
Por isso mesmo, a Santa Sé, não o premiou com  coisa alguma, como maldosamente   é dito nos letreiros finais, após a exibição do filme,  com  evidente malignidade e revelando talvez o objetivo do filme: desmoralizar  a  Igreja Católica não só  em Boston,  como em muitos outros lugares, que os letreiros finais citam, sem  prova alguma. A crítica cinematográfica aplaudiu o filme, classificando-o como “uma defesa apaixonada do bom jornalismo”.

                Em conclusão, meu pensamento sobre este gravíssimo problema moral da pedofilia, praticado por  padre ou eclesiástico, pastor,  padrasto, médico, professor,  ou quem quer que seja, é simples: 1º - o crime, seja punido pela Justiça civil, com cadeia, ou o que for; 2º - o delito canônico, para um eclesiástico católico, seja castigado pelas leis da Igreja, que são claras e bem fortes, mediante processo canônico nos tribunais eclesiásticos, com direito  à legítima defesa; 3º - o pecado, será  perdoado  pela infinita  misericórdia de Deus  ao pecador, realmente contrito e disposto a não voltar a  pecar mais.

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