A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de
Hollywood concedeu este ano os
prêmios mais prestigiosos do
cinema mundial ao filme Spotlight
–Segredos Revelados, do diretor Tom
McCarthy. Foi indicado a seis prêmios no
Oscar e venceu nas categorias Melhor Filme e Melhor Roteiro Original. O filme
conta com excelentes artistas como Rachel McAdams, que interpreta a repórter Sacha Pfeiffer. A
crítica o enalteceu e alguns distinguiram nele “a relevância da prática de um
jornalismo livre e realmente investigativo.”
Ele se coloca
na esteira do êxito de seu predecessor Todos
os homens do Presidente, o filme que narrou, em 1976, o trabalho do repórter Carl Bernstein e seu
colega do Washington Post, no caso conhecido como Watergate, que
levou à renúncia o Presidente Richard
Nixon. Spotlight conta a história (real) de uma extraordinária equipe
de jornalistas do jornal Boston Globe, que realizou pesquisas incansáveis, com infindáveis reuniões secretas e buscas de fontes decisivas sobre os
crimes de pedofilia, praticados por
alguns sacerdotes da diocese de Boston,
que, infelizmente, eram apenas
transferidos de paróquia em
paróquia, sem medidas realmente enérgicas
e eficazes, para conter o mal. Narra o filme que no dia 6 de janeiro de 2002, o jornal Globe
Boston publicou essa reportagem-bomba, que trazia provas irrefutáveis e que
abalou fortemente a comunidade irlandesa da cidade..
A diocese de Boston gastou milhões de dólares nos
tribunais civis e o processo naturalmente foi para Roma, para os
tribunais da Cúria romana.
O arcebispo Cardeal Bernard Francis Law renunciou ao governo pastoral da diocese,
retirando-se para uma vida privada. Ele
havia sido criado cardeal no Concistório de 25 de maio de 1985, pelo Papa S. João Paulo II. Seu título era da Igreja de Santa Susana, na diocese de
Roma, que é título meramente tradicional e simbólico para todos os cardeais,
não lhes conferindo nenhuma jurisdição ou prerrogativa particular.
Por isso mesmo, a Santa Sé, não o premiou com coisa alguma, como maldosamente é dito
nos letreiros finais, após a exibição do filme,
com evidente malignidade e
revelando talvez o objetivo do filme: desmoralizar a
Igreja Católica não só em Boston, como em muitos outros lugares, que os
letreiros finais citam, sem prova alguma.
A crítica cinematográfica aplaudiu o filme, classificando-o como “uma defesa
apaixonada do bom jornalismo”.
Em conclusão, meu pensamento sobre este gravíssimo
problema moral da pedofilia, praticado por
padre ou eclesiástico, pastor,
padrasto, médico, professor, ou
quem quer que seja, é simples: 1º - o crime, seja punido pela Justiça civil, com
cadeia, ou o que for; 2º - o delito canônico, para um eclesiástico católico,
seja castigado pelas leis da Igreja, que são claras e bem fortes, mediante
processo canônico nos tribunais eclesiásticos, com direito à legítima defesa; 3º - o pecado, será perdoado
pela infinita misericórdia de
Deus ao pecador, realmente contrito e
disposto a não voltar a pecar mais.
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